04/12/2023 Coral Cesama revive Clara Nunes e sua história com Juiz de Fora

Postado por: Cesama

Foi no palco do Cine-Theatro Central que, em 1972, Clara Nunes defendeu, em um festival local de Música Popular Brasileira (MPB), a canção “Tristeza, pé no chão” do compositor juiz-forano Armando Fagundes Aguiar, conhecido como Mamão. E foi também com essa canção e nesse imponente espaço cultural que, mais de 50 anos depois, o Coral Cesama fez história. Sob aplausos de um auditório cheio e animado, o grupo, patrocinado pela Companhia de Saneamento Municipal (Cesama) da Prefeitura de Juiz de Fora, encerrou seu recital de fim de ano, na noite deste domingo, 3, o Canto das Três Memórias, reforçando porque é sempre justo render homenagens à cantora mineira que encantou o Brasil.

“Podemos dizer que tivemos uma noite calorosa com essa grande oportunidade de fazer um tributo pelos 40 anos de falecimento da mineira guerreira, que é um exemplo da figura da mulher na música”, enalteceu o maestro Victor Cassemiro. Fala compartilhada pela presidente do grupo, Creuza Aperibense. “Procuramos nos envolver o máximo possível com cada música, senti-la. Cantar Clara Nunes era um sonho antigo”, lembrou Creuza. Segundo ela, esse desejo foi mais do que realizado. “Quando a gente faz com amor, é muito gratificante. Ver o teatro cheio, o acolhimento das pessoas, tudo isso nos dá força. É por isso que estou, há mais de 30 anos, nesse coral.”

No repertório do recital, que também rendeu homenagens ao aniversário de 60 anos da Cesama e às três décadas do coral, um passeio pelos temas que fizeram parte da vida de Clara Nunes. Dentre eles, a relação profunda da cantora com o mar, a paixão pela escola de samba Portela e também pelo samba. No caso do último, como dizia em sua canção, “dentro do samba eu nasci e ninguém vai tomar a minha bandeira”. Para José Antônio de Assis, controlador da Cesama e integrante do coral há 15 anos, cantar Clara Nunes tem um significado único. “É uma emoção muito grande, porque ela é uma deusa da música popular.Isso nos permitiu fazer um espetáculo glorioso.”

Na homenagem ao gênero musical, considerado um dos mais populares do Brasil, o grupo contou com a apresentação especial da passista Regina Ferreira, a Regininha, dando ainda mais vida à canção Morena de Angola. Destaque também para a participação do grupo independente Guerreiras de Clara, contribuindo para embalar o público com os clássicos da cantora brasileira. “Foi tudo lindo, maravilhoso”, encantou-se a aposentada Vera Lúcia. A amiga Aparecida Lopes concordou. “Assisto sempre às apresentações do Coral Cesama, mas, dessa vez, eles se superaram.”

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