23/04/2024 Campanha Abril Verde da Cesama une teoria e prática para conscientizar sobre a segurança na escavação de valas
A campanha nacional dedicada à segurança no ambiente de trabalho, Abril Verde, em 2024, abriu espaço para a Companhia de Saneamento Municipal (Cesama) falar de um tema desafiador, mas extremamente necessário: segurança na abertura de valas. Unindo teoria, técnica, experiência e realidade, o Departamento de Saúde e Segurança do Trabalho (DEST) está mobilizando trabalhadores das três regionais da empresa (Norte, Sul e Leste), entre os dias 23 e 25 de abril, para a participação em oficinas sobre o tema, tendo como foco principal garantir a segurança do trabalhador e da população.
“Provocar esses questionamentos é fundamental para despertar em todos nós a consciência sobre a necessidade de atenção aos riscos a que estamos expostos no trabalho de campo e lembrar que a responsabilidade de cada um começa com a própria segurança”, destacou o diretor Técnico-Operacional (DRTO) da companhia, Márcio Augusto Pessoa Azevedo. A chefe do DEST, Patrícia Groppo, também reforçou o objetivo do encontro. “Buscamos alinhar orientações e falar sobre o que regem as normas para que o trabalho de abertura de valas aconteça com segurança. Contamos com uma equipe que tem muita experiência de campo e mesmo trazendo informações que são do nosso conhecimento, algumas orientações precisam ser reforçadas para ampliar a nossa visão de riscos”.
O engenheiro da Gerência de Manutenção (GEMT) da Cesama, Thales Castilho Tamietti, concorda. “Na minha opinião, o principal diferencial da Cesama está na nossa mão-de-obra. A grande maioria dos empregados não tem menos do que 20 anos de empresa, ou seja, têm muita experiência”. Mas, segundo ele, um workshop como esse se faz extremamente necessário, tanto para falar de segurança como para frisar a importância do planejamento. “É fundamental, por exemplo, que as equipes percebam a necessidade de escoramento antes do dia da execução do serviço. É, tão logo chegar a demanda no tablet e verificar que trata-se de um local profundo, já acionar o encarregado, o chefe de departamento e fazer um planejamento do que vai utilizar e como vai ser o escoramento.”
Para tornar o momento ainda mais rico em troca de conhecimento, a oficina foi mediada pela instrutora do Serviço Nacional da Aprendizagem Industrial (Senai), a engenheira civil Monique Bonfante. “O que podemos reforçar sobre esse assunto é que está tudo respaldado em normas, como a NR 18 e a NBR 9061, que vão reger, especificamente, a atividade de escavação de valas. Por isso é tão importante esse momento, sendo uma grande troca de informações, tendo o embasamento técnico para nos direcionar, mas atentos à realidade, aos imprevistos, aos atendimentos emergenciais que podem acontecer.”
Aliás, a existência de um Procedimento Operacional Padrão (POP) dedicado à escavação de valas, produzido pela Cesama, reflete o pensamento de unir teoria e prática visando à transmissão de conhecimento e à segurança de todos. “O POP não é um documento fechado, uma análise conclusiva, mas uma construção viva. Então ele pode e deve ser constantemente alimentado”, ratifica Patrícia.
Prática reforça conhecimento sobre escoramento por pontaleteamento
Encerrando a oficina, os participantes tiveram a oportunidade de se voluntariar ou assistir, na prática, o passo a passo para o escoramento de uma vala, aberta propositalmente para a oficina. No caso, os empregados puderam acompanhar a realização de um pontaleteamento, que é um tipo de escoramento preconizado na rotina da Cesama. De acordo com dados apresentados na oficina, de 152 serviços de manutenção realizados pela Cesama, cerca de 65% são com valas de até 1,25m, 30% entre 1,25m e 2m e outros 5% são de valas com mais de 2m de profundidade, o que demanda planejamento, cuidado e muita responsabilidade na execução dos serviços.